sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Inundação causa prejuízos à Tenda Teatro Popular de Ilhéus


A Tenda Teatro Popular de Ilhéus (TPI) suspende temporariamente sua programação devido aos estragos provocados pelas fortes chuvas e a estreia do espetáculo Casa de Farinha foi adiada. Na última quinta-feira (28), o espaço cultural instalado na Avenida Soares Lopes foi inundado, com nível de água marcando 20 centímetros. Foram atingidos equipamentos de informática, som, iluminação, cenários, figurinos, livros e documentos. Pelo o que foi atingido, o grupo cultural estima prejuízo de mais de 100 mil reais.

O alagamento atingiu bilheteria, recepção, camarim e escritório. O palco ficou totalmente submerso e algumas placas de compensado já apresentam rachaduras.  A água atingiu ainda equipamentos do Núcleo de Produção Audiovisual e a Biblioteca Jorge de Souza Araújo, implantada recentemente, sofreu danos. “Só depois que o tempo melhorar, poderemos calcular as avarias com exatidão”, declarou o diretor artístico do grupo, Romualdo Lisboa.

A equipe técnica do Teatro Popular de Ilhéus com a ajuda dos funcionários do Circo Show Brasil, de quem a Tenda é alugada, resgataram equipamentos e demais bens atingidos, deixando em segurança o que foi poupado pelas águas. Eles também limparam a lama que invadiu parte do espaço e fizeram reparos no que foi possível.

Depois que o Teatro Popular de Ilhéus desocupou a Casa dos Artistas, desde abril, a Tenda TPI é o único espaço cultural de Ilhéus com programação regular de espetáculos de teatro, dança e música, cursos e oficinas artísticas. Até novem­bro, foram realizadas 87 apresentações de teatro; 29 de música; 17 de dança; 32 exibições de filmes - em sua maioria pro­duções de alunos do Curso de Comuni­cação da Universidade Estadual de Santa Cruz; 12 debates e 960 horas de cursos e oficinas para um público de mais de 20 mil pessoas.

Em 2013, o Teatro Popular de Ilhéus captou 690 mil reais, sendo 250 mil do recurso de manutenção do Programa de Apoio a Instituições Culturais de Ações Continuadas, do Fundo de Cultura da Bahia. Foram 120 mil reais de prestação de serviços, 20 mil da locação de pauta e arrecadação na venda de ingressos e 300 mil de projetos ainda em execução. Deste montante, mais de 85% foi aplicado em Ilhéus, na aquisição de produtos e contratação de serviços.

Segundo Romualdo Lisboa, a mudança de endereço aumentou os custos mensais, com aluguel da Tenda de 6 mil reais e uma média de mil reais da locação dos banheiros químicos. “Mesmo com o aumento dos gastos, foi possível manter as atividades. E apesar dos estragos da chuva, contamos com a ajuda de parceiros e do público para seguirmos fazendo arte, porque este dom vem de uma reserva inesgotável: a criatividade”, complementou.  

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Casa de Farinha apresenta dor e alegria dos escravos


As dores e alegrias dos escravos são retratadas com dança, teatro e música, no espetáculo Casa de Farinha. A montagem da Cia. de Dança Sôanne Marry e do Ballet Folclórico IFBA campus Ilhéus estreia nesta quinta-feira (28), na Tenda Teatro Popular de Ilhéus (TPI) e segue em cartaz sexta e sábado (29 e 30). As apresentações acontecem sempre às 20 horas com ingressos a R$ 20 e R$ 10 para estudantes, idosos e titulares do Cartão TPI.

Casa de Farinha é inspirado nos livros Farinha, Madeiras e Cabotagem: a capitania de Ilhéus no antigo sistema colonial, do historiador Marcelo Henrique Dias, e Tambores de Angola, de Robson Pinheiro. Antes do cacau, a farinha era uma das principais fontes de renda da capitania. “As casas de farinha dos engenhos eram subsídio de trabalho e também de divertimento para os escravos”, complementou a diretora e coreógrafa Sôanne Marry.

Segundo a diretora do espetáculo, Sôanne Marry, quando se fala em escravidão, remete-se imediatamente ao sofrimento dos cativos. Mas apesar de todas as dificuldades, os negros também cantavam e dançavam. Para mostrar toda a vivacidade dos escravos, o espetáculo tem como base o balé clássico, que acaba se fundindo a outros estilos e ritmos.

Com 12 anos de existência, a Cia. de Dança Sôanne Marry se une ao Ballet Folclórico do IFBA de Ilhéus, criado neste ano. Formado por 30 alunos, o objetivo do grupo é divulgar a cultura regional através da dança, apresentando-se em institutos federais de todo o Brasil.


segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Casa de Farinha

A Cia. de Dança Sôanne Marry e o Ballet folclórico IFBA campus Ilhéus estreiam o espetáculo Casa de Farinha. Com direção coreográfica de Sôanne Marry, a montagem é baseada no livro Farinha, Madeiras e Cabotagem: a capitania de Ilhéus no antigo sistema colonial, do historiador Marcelo Henrique Dias. Dança, música e poesia se misturam para contar a alegria dos escravos, apesar dos abusos sofridos. As apresentações acontecem de quinta a sábado (28 a 30), na Tenda Teatro Popular de Ilhéus, às 20 horas. As entradas custam R$ 20 e R$ 10 para estudantes, idosos e sócios do Cartão TPI.

Últimos preparativos para a III Palhasseata de Ilhéus



Depois de quatro Oficinalhaços sobre performance circense, o Grupo Teatro/ Circo Maktub faz os últimos acertos para a III Palhasseata de Ilhéus. No último domingo (24), na Tenda Teatro Popular de Ilhéus, foi realizada reunião para escolha do repertório das canções e discussão sobre a performance final. O evento acontecerá na manhã do dia 14 de dezembro, em comemoração ao Dia do Palhaço, quando um divertido cortejo percorrerá as ruas do centro de Ilhéus, finalizando na praça do Teatro Municipal.

Os organizadores da III Palhasseata contaram com a experiência do palhaço Funhanha, eleito um dos melhores do Brasil. Com mais de 60 anos vivendo no circo, ele se aposentou das palhaçadas e virou mágico, depois de sofrer um acidente vascular cerebral, que provocou falhas de memória. Ele falou sobre o papel do palhaço em levar alegria ao público. “Todos os palhaços que conheço morreram bem velhinhos, pois eles não carregam em si o lado negativo da vida”, declarou.


A III Palhasseata de Ilhéus será realizada de forma independente, assim como a primeira edição, em 2011. No ano passado, o grupo contou com financiamento da Fundação Cultural do Estado da Bahia, através do Calendário das Artes. Por enquanto, a iniciativa conta com apoio do Teatro Popular de Ilhéus, Birô Impressões, Teatro Popular e Interculturalidade da UESC, APPI, Escola Criativa, Imapel, Globo Festas, Armarinho Guimarães, Secretaria Municipal de Cultura e Superintendência de Trânsito e Transporte (Suttran). Quem desejar colaborar com o evento, pode entrar em contato com o diretor Fábio Nascimento pelos telefones (73) 9964-0803 e 8859-4961.

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Livro 1789 lançado com sucesso na Tenda Teatro Popular de Ilhéus

1789 segue em cartaz nesta quinta e sexta às 19 horas 
História e arte se misturam no livro 1789, de Romualdo Lisboa. O lançamento aconteceu na noite da última quarta-feira (20), após apresentação da ópera afro-rock homônima, também escrita e dirigida pelo escritor. A solenidade marcou o Dia da Consciência Negra na Tenda Teatro Popular de Ilhéus (TPI) e a plateia ainda participou de bate-papo com autor e elenco, mediado por Pawlo Cidade.  O espetáculo segue em cartaz nesta quinta e sexta-feira (21 e 22), às 19 horas. As entradas custam R$ 20 e R$ 10 para idosos, estudantes e associados do Cartão TPI.

Romualdo Lisboa e Pawlo Cidade em
bate-papo com a plateia 
Publicado pela Mondrongo Livros, editora do TPI, 1789 traz o texto da montagem, prefácio do jornalista e crítico teatral Valmir Santos, orelha de Gustavo Felicíssimo e apêndices do doutor Marcelo Henrique Dias, trazendo o comparativo com o fato histórico, e do mestre Felipe de Paula Souza, a respeito do audiovisual no teatro. A peça foi uma das contempladas pelo edital setorial de teatro do Fundo de Cultura da Bahia. 

Para Romualdo Lisboa, 1789 não apenas conta o fato histórico do levante dos escravos do Engenho de Santana, ocorrido em Ilhéus no século XVIII. “Nossa região ainda vive as consequências do declínio da lavoura cacaueira e busca novos empreendimentos como alternativa de desenvolvimento econômico. Talvez a resposta para sair dessa crise já faça parte da nossa realidade. Basta usar a criatividade”, comentou.

Combinando história e ficção, 1789 começa no ano de 2089, quando operários de uma fábrica de processamento de cacau paralisam suas atividades e organizam-se a fim de não mais fornecerem matéria-prima, mas produzirem o próprio chocolate. Com saltos no tempo e espaço, é contextualizado como aconteceu a revolta dos cativos, que paralisaram suas atividades até 1791 e redigiram uma carta de reivindicações. O acontecimento é considerado o embrião do movimento sindical no Brasil.

Estande da Mondrongo na
XI Bienal do Livro da Bahia
O livro 1789 é a publicação mais recente da Mondrongo. A editora, que completou dois anos de existência, participou da XI Bienal do Livro da Bahia, apresentando 30 títulos no seu estande. Entre eles, foram feitas a segunda edição de três obras: Inúmera, de Daniela Galdino; O sangue que corre nas veias, de Rodrigo Melo e Blues para Marília, de Gustavo Felicíssimo. Entre outras obras mais procuradas e elogiadas, também estão: A morte da amada, de Nívia Maria Vasconcelos e Do coração dos malditos, de Silvério Duque.


Interessados no livro 1789 podem comprá-lo na Tenda Teatro Popular de Ilhéus e também nos sites das livrarias Cultura, Saraiva, Siciliano e Loja Singular ao preço de R$ 30. Titulares do Cartão TPI têm desconto, pagando R$ 25 ao retirar o produto no espaço cultural. Mais informações pelo telefone (73) 4102-0580.       

domingo, 17 de novembro de 2013

Lançamento de livro e espetáculo nesta quarta-feira na Tenda TPI

Para celebrar o Dia da Consciência Negra, o Teatro Popular de Ilhéus (TPI) realizará uma série de atividades especiais na Tenda. Nesta quarta-feira (20) às 16 horas, acontece a saída do Cortejo Afro, que percorrerá a Avenida Soares Lopes até a Praça Dom Eduardo. E às 19 horas, será apresentada a ópera afro-rock 1789, seguida do lançamento de livro homônimo, que traz o texto da peça escrita e dirigida por Romualdo Lisboa. As entradas custam R$ 20 inteira e R$ 10 para estudantes, idosos e associados do Cartão TPI.

O Cortejo Afro é organizado pelo Conselho das Entidades Afro-Culturais de Ilhéus (CEACI) e reunirá 13 grupos, entre blocos, capoeira, maculelê e afoxé. A concentração será na Tenda TPI e no final será projetado o documentário Samba de Terreiro, nas escadarias da Catedral de São Sebastião. O evento prevê ainda participação da banda SambaDila.

Além de conferir o espetáculo 1789, o público poderá participar do lançamento do livro e bate-papo com o autor. A mediação será feita por Pawlo Cidade. A obra da Mondrongo Livros – editora do Teatro Popular de Ilhéus – traz ainda colaborações do jornalista e crítico teatral Valmir Santos e dos professores Marcelo Henrique Dias e Felipe de Paula. O livro será vendido ao preço de R$ 30, mas titulares do Cartão TPI poderão adquiri-lo a R$ 25. 

Através de saltos no tempo e espaço, a montagem 1789 conta a história do levante dos escravos do Engenho de Santana que aconteceu em Ilhéus, no final do século XVIII. Enquanto o mundo sentia os abalos da Revolução Francesa, escravos geravam o embrião do movimento sindical no Brasil, na capitania de São Jorge dos Ilhéus. Descontentes com as condições de trabalho, os cativos paralisaram suas atividades até 1791 e redigiram uma carta de reivindicações. O espetáculo continua em cartaz quinta e sexta-feira (21 e 22), sempre às 19 horas. 

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Teodorico sexta e sábado

A sátira em cordel Teodorico Majestade – as últimas horas de um prefeito estará em cartaz nesta sexta-feira e sábado (15 e 16), na Tenda Teatro Popular de Ilhéus. As sessões começam às 20 horas e as entradas custam R$ 20 a inteira e R$ 10 para estudantes, idosos ou sócios do Cartão TPI. A classificação indicativa é de 14 anos. A comédia escrita e dirigida por Romualdo Lisboa revela a face ridícula da política suja e a importância da mobilização popular.

Organização dos blocos afro foi tema de debate na Tenda

Renato Sena falou de sua experiência junto
a blocos afro de Salvador e Ilhéus
O Cineclube Équio Reis e o projeto de debates Improviso, Oxente! estão juntos na programação Novembro Negro, série de atividades alusivas ao mês da Consciência Negra. Na última terça-feira (12), na Tenda Teatro Popular de Ilhéus, foram exibidos vídeos sobre os blocos afro Mini-Kongo e Dilazenze. Em seguida, houve bate-papo com o convidado Renato Sena sobre “A trajetória de resistência do Bloco Afro Olodum”. Para ele, a organização é tudo e, através da unidade, é possível ampliar conquistas.

Renato Sena é soteropolitano e tem relação muito próxima com Ilhéus há décadas, acompanhando a implantação de vários blocos afro. Ele atuou no Olodum durante 22 anos, desde a fundação em 1979, viveu o auge e fases críticas. De acordo com o convidado, o bloco foi criado com muita dificuldade e sem apoio por moradores do Pelourinho, que não tinham acesso aos blocos tradicionais de Salvador. “Com João Jorge assumindo a diretoria, o Olodum se transformou em um grupo cultural, além do bloco carnavalesco”, informou.

Segundo Renato Sena, até hoje as entidades pequenas têm dificuldade para participar do carnaval, pois sofrem com a falta de patrocínio e articulação conjunta, além da dependência do poder público e influência política partidarista. “Blocos menores e perseguidos políticos são colocados em circuitos alternativos ou horários inconvenientes, com a mínima cobertura da imprensa. Isso afasta patrocinadores, já que há menos exposição das marcas”, explicou.

A respeito dos projetos sociais executados pelos blocos afro, Renato Sena destacou a responsabilidade com as crianças a fim de não se perderem talentos. Para ele, é preciso trabalhar a consciência desde cedo para a valorização da arte aprendida, disciplina e profissionalismo. Na ótica do antigo dirigente do Olodum, o sonho de muitos jovens é a fama, algo que nem sempre acontece, causando frustração por não entenderem sua importância para a cultura local. Ou então, quem experimenta o estrelato pode se deslumbrar, não administrar bem os êxitos e acabar perdendo tudo.

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

O Vidente

Cineclube e Improviso, Oxente! desta terça

O Cineclube Équio Reis e o projeto de debates Improviso, Oxente! estão juntos na programação do Novembro Negro. Todas as terças-feiras, a partir das 19 horas, serão exibidos vídeos sobre os blocos afro de Ilhéus Mini-Kongo e Dilazenze, seguidos de bate-papo. Amanhã (12), o centro da discussão será “A trajetória de resistência do Bloco Afro Olodum”, tendo como convidado Renato Sena. As atividades acontecem na Tenda Teatro Popular de Ilhéus (TPI) e a entrada é gratuita.

Conto e Cantigas contou com atração surpresa no sábado


Para marcar o mês da Consciência Negra, a mitologia africana foi o tema da última edição do Conto e Cantigas, na Tenda Teatro Popular de Ilhéus (TPI). A atividade aconteceu na tarde do último sábado (09), quando a professora Luciene Nunes narrou o conto Gênio do Rio, enquanto o músico Elielton Cabeça executou a trilha sonora ao vivo. Após a contação de histórias, o público conferiu o trabalho dos alunos da Oficina de Teatro do Instituto Nossa Senhora da Piedade.

Com a interação das crianças, que ajudaram a completar o enredo, a atividade estimulou a criatividade, musicalização e leitura. A segunda edição do projeto apresentou uma novidade para os participantes assíduos: o cartão Clubinho Conto e Cantigas. Assim como o Cartão TPI para os adultos, as crianças poderão participar de atividades exclusivas para associados, ter 10% de desconto em cursos e oficinas e concorrer a brindes. A taxa de adesão anual custa R$15. Mais informações pelo telefone (73) 4102-0580.


Os estudantes do nono ano do Instituto Nossa Senhora da Piedade apresentaram a peça O Rico Avarento, de Ariano Suassuna. A obra foi escolhida após pesquisa sobre patrimônio cultural imaterial.  Sob a orientação de Tânia Barbosa, a concepção artística ficou a cargo dos jovens, que confeccionaram figurinos e acessórios. Os alunos já haviam encenado o espetáculo na escola e, fazendo sucesso entre colegas e professores, decidiram ampliar a apresentação para familiares e público da Tenda TPI. 



quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Show da Banda Dilazenze

Ainda no sábado, às 20 horas, a Banda Afro Dilazenze se apresenta na Tenda TPI. O espetáculo musical faz parte da programação Novembro Negro, que traz uma série de espetáculos e eventos afro-culturais. As entradas custam R$ 20 a inteira e R$ 10 para estudantes, idosos e associados do Cartão TPI.

            

Mitologia africana é tema do Conto e Cantigas deste sábado

Muita criatividade e interatividade no Conto e Cantigas

A mitologia africana é o tema da segunda edição do projeto Conto e Cantigas. Neste sábado (09), as crianças poderão viajar pelo imaginário das lendas e mitos trazidos da África, através da contação de histórias acompanhada de trilha sonora. A atividade começa às 16 horas, na Tenda Teatro Popular de Ilhéus (TPI). Para participar basta doar um livro infantojuvenil, que será incluído no acervo da Biblioteca Jorge de Souza Araújo, montada no espaço cultural.

O Conto e Cantigas estreou no último Dia das Crianças. Para este mês, quando se comemora o Dia da Consciência Negra, foi escolhida a temática relacionada à cultura afro. A intenção é que os encontros passem a ser quinzenais, sempre com novas histórias e canções.

Além de estimular a criatividade dos pequenos, que incrementam a história com suas contribuições, a iniciativa tem a proposta de incentivar a leitura e musicalização. A professora Luciene Nunes fica encarregada da narrativa, enquanto o músico Elielton Cabeça executa a música e efeitos sonoros ao vivo.

A segunda edição do projeto traz uma novidade para os participantes mais assíduos: o cartão Clubinho Conto e Cantigas. Assim como o Cartão TPI para os adultos, as crianças poderão participar de atividades exclusivas para associados, ter 10% de desconto em cursos e oficinas e concorrer a brindes em cada encontro. A taxa de adesão é de R$15 por ano.
           

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Cultura afro em Ilhéus é tema do Cineclube e Improviso, Oxente!

Ingomas abriu programação do
 Novembro Negro na última sexta (1º)
O Cineclube Équio Reis e o projeto de debates Improviso, Oxente! estão juntos na programação do Novembro Negro. Todas as terças-feiras, a partir das 19 horas, serão exibidos vídeos sobre os blocos afro ilheenses Mini-Kongo e Dilazenze, seguidos de bate-papo sobre a cultura negra. Amanhã (05), o centro da discussão será “A experiência da ONG Gongombira na preservação da memória do Terreiro Matamba Tombenci Neto”. As atividades acontecem na Tenda Teatro Popular de Ilhéus (TPI) e a entrada é gratuita.

Os vídeos exibidos no Cineclube Équio Reis fazem parte do acervo do Centro de Documentação e Memória Regional (CEDOC) da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC) e parceiros. O presidente da ONG Gongombira de Cultura e Cidadania, Marinho Rodrigues, é o convidado do Improviso, Oxente!, que mescla debates à improvisações artísticas.

A programação do Novembro Negro foi aberta na última sexta-feira (1º), com apresentação do espetáculo Ingomas, da Orquestra de Tambores do Terreiro Matamba Tombenci Neto. O show aconteceu na Tenda TPI, um dos locais onde serão realizadas as atividades comemorativas ao mês da Consciência Negra. Até o dia 30, outras ações acontecerão também no Terreiro Matamba Tombenci Neto, sede do Dilazenze e Avenida Soares Lopes.


Para o coordenador artístico do Teatro Popular de Ilhéus, Romualdo Lisboa, “a programação do Novembro Negro apresenta a diversidade habitual de espetáculos e eventos, mas com uma novidade: a diversidade de espaços também”. Entre os parceiros estão o Conselho das Entidades Afro-Culturais de Ilhéus (CEACI), a Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde (RENAFRO), as Secretarias Municipais de Turismo e de Cultura, a Rede Matamba Tombenci Neto, o CEDOC, artistas e grupos residentes da Tenda.

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Literatura infantojuvenil regional foi tema de bate-papo na Tenda


A relação entre a literatura infantojuvenil regional na escola e no dia a dia foi um dos assuntos abordados no Encontro com Escritores da última quinta-feira (31). Mediado por Pawlo Cidade, o bate-papo aconteceu na Tenda Teatro Popular de Ilhéus, reunindo os autores Neila Brasil, Joilson Maia e Silvia Kimo. A respeito da valorização das obras regionais no contexto escolar, foram unânimes sobre a colaboração dos professores. “Às vezes o educador não é um leitor”, declarou Neila Brasil sobre as dificuldades e preconceito por parte de escolas que, às vezes, preferem livros de grandes editoras ou escritores famosos sem conhecer trabalhos locais.

 Antes dos debates, cada convidado falou sobre as motivações para sua carreira literária. Silvia Kimo, que é também e ilustradora, disse que seu amor inicial foi desenhar. E, depois de criar personagens e cenários inspirados em mangás japoneses, passou a escrever histórias. Joilson Maia falou que ler é uma paixão que carrega desde a infância e começou a escrever para crianças a partir das histórias que contava para o filho na hora de dormir. Neila Brasil, que é graduada em Letras, passou a escrever as próprias histórias a partir de pesquisas sobre Monteiro Lobato.

A respeito do mercado editorial, os três escritores relataram alguns obstáculos para publicar suas obras em grandes editoras e as limitações das cotas, restritas a 10% da tiragem e a menos de 30% dos lucros. Joilson disse que começou de forma independente, com a ajuda de patrocinadores nos seus cinco primeiros anos no segmento literário. Silvia disse que publica quantidades fechadas em pré-vendas. Para Neila, a internet e as redes sociais são ferramentas que ajudam a divulgar os trabalhos.

Em relação ao contato com os pequenos leitores, os autores afirmaram que é uma experiência fantástica. “Sempre me emociono muito, pois me lembro da minha infância”, relatou Silvia. Para Neila, a figura do escritor está a serviço da sociedade e até já recebeu um livro escrito por uma pequena leitora. Joilson falou do carinho que recebe das crianças e também dos pais. “Pedem autógrafos, somos tratados como celebridades”, disse.

Além de escreverem, os autores ainda participam de ações de incentivo à leitura e escrita. Neila Brasil conta com o projeto “Como se faz um autor”, indo às escolas e conversando com professores e coordenadores pedagógicos, além de ter um grupo de teatro infantil. Joilson Maia realiza contação de histórias em instituições públicas. E Silvia Kimo também visita escolas, realizando palestras e ouvindo as opiniões dos jovens leitores.

Os escritores, que declararam amor incondicional à literatura, falaram também sobre o papel essencial da família ao incentivar ao hábito de ler. Eles ainda destacaram o desafio de atrair a atenção das crianças e adolescentes tão ligadas ao audiovisual para os livros. “A leitura é para distrair, ir além do imaginário”, ressaltou Silvia Kimo.