quarta-feira, 31 de julho de 2013

terça-feira, 30 de julho de 2013

Teatro Popular de Ilhéus celebra 18 anos com cinco espetáculos

A sátira em cordel Teodorico Majestade - as últimas horas de um prefeito
em cartaz desta quinta-feira a sábado (1º a 03)

Para celebrar seus 18 anos, o Teatro Popular de Ilhéus (TPI) brindará o público com os cinco espetáculos do seu repertório. Cada semana de agosto terá uma montagem diferente, com sessões de quinta-feira a sábado sempre às 20 horas, na Tenda montada na Avenida Soares Lopes. Quem puxa a fila é a sátira em cordel Teodorico Majestade – as últimas horas de um prefeito­, em cartaz nesta semana, entre os dias 1º e 03. As entradas custam R$20 e R$10. A classificação indicativa é de 14 anos.

A Cia. Boi da Cara Preta, Núcleo Infanto-juvenil do TPI, apresenta o musical Auto do Boi da Cara Preta entre os dias 08 e 10. A ópera afro-rock 1789, grande atração do mês de julho, fica em cartaz do dia 15 ao 17 para agradar os maiores de 12 anos. A terceira semana comemorativa será marcada com outro espetáculo para crianças de todas as idades: Lendas da Lagoa Encantada, de 22 a 24. E, para fechar a série teatral, a comédia O Inspetor Geral, continuação de Teodorico Majestade, entre os dias 29 e 31, com classificação indicativa de 14 anos.

Para o diretor do Teatro Popular de Ilhéus, Romualdo Lisboa, trazer todo o repertório é uma oportunidade do público conferir a versatilidade estética do grupo. “É raro encontrar outra companhia de teatro do interior da Bahia que possua cinco espetáculos em cartaz com temáticas tão distintas e para públicos de idades e gostos variados”, afirmou.

Além de muito teatro, o mês de agosto na Tenda do TPI conta com a segunda edição do projeto de intercâmbio de dança Chamgement. Desta vez, o Núcleo de Dança do Teatro Popular de Ilhéus focará na dança de salão, com oficinas seguidas de mostra coreográfica e bate-papo. Os encontros serão nos dias 14 e 21, a partir das 17 horas. Os interessados devem pagar uma taxa de R$ 10 e reservar suas vagas no local ou ligando para (73) 4102-0580.

Ainda estão abertas inscrições para cursos e oficinas artísticas. Atualmente, há vagas para bateria e percussão, dança afro-brasileira, violão e guitarra, acrobacia aérea em tecido e capoeira. A novidade do mês será a oficina de harmonia e improvisação, ministrada pelo professor Ricardo Maciel, no dia 10 das 14 às 16 horas. A iniciativa será gratuita, voltada para todos os instrumentos, abrangendo formação de escalas, acordes, campo harmônico, modos gregos e arranjos aplicados em música popular.

Depois de percorrer quatro bairros de Ilhéus, o Cineclube Équio Reis retorna à Tenda do Teatro Popular de Ilhéus. O projeto do Núcleo de Produção Audiovisual do TPI volta a exibir vídeos produzidos por alunos do curso de Comunicação Social da Universidade Estadual de Santa Cruz. As projeções acontecem sempre às terças-feiras a partir das 19 horas, com entrada franca.



segunda-feira, 29 de julho de 2013

Nelson Costa será último bairro visitado pelo Cineclube Équio Reis

Depois de visitar Nossa Senhora da Vitória, Basílio e Conquista, o Cineclube Équio Reis Itinerante termina sua circulação no bairro Nelson Costa. Na noite desta terça-feira (30), será exibido o documentário Muito além do peso. A projeção começa às 19 horas, na sede da Filarmônica Capitania dos Ilhéos, com entrada franca. A iniciativa é do Núcleo de Produção Audiovisual do Teatro Popular de Ilhéus com apoio da comunidade local. 

O filme que será exibido nesta terça-feira mostra o drama de crianças que sofrem de doenças típicas de adultos, como problemas cardíacos e diabetes. O longa-metragem discute também a obesidade infantil, apontando os motivos de 33% dos pequenos brasileiros estarem acima do peso. O documentário dirigido por Estela Renner é livre para todos os públicos.

O Cineclube Équio Reis acontece desde 2009, exibindo filmes uma vez por semana sempre com entrada franca. Em novembro de 2012, foi estabelecida parceria com a Universidade Estadual de Santa Cruz, passando a exibir produtos realizados ou apoiados pelo Curso de Comunicação Social. No mês de agosto, o projeto volta a exibir trabalhos dos acadêmicos.

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Público recorde vai à última sessão de 1789


A última sessão do espetáculo 1789 reuniu o maior público da Tenda do Teatro Popular de Ilhéus. Na noite da última quinta-feira (25), o espaço quase atingiu sua lotação máxima, de 200 lugares, com 196 pessoas assistindo ao espetáculo. “A grande quantidade de espectadores não interferiu negativamente. O clima entre o elenco e a plateia foi maravilhoso, todos estavam envolvidos”, declarou o autor e diretor Romualdo Lisboa.

Além do público espontâneo, a plateia da última sessão de 1789 contou com grupos de alunos de escolas locais e do IFBaiano, de Uruçuca. A alta procura por ingressos foi tamanha, que foram necessárias duas bilheterias para dar agilidade às vendas. A possibilidade de compra no cartão de débito e crédito também foi vista como algo positivo. “Hoje em dia, cada vez menos andamos com dinheiro em espécie e comprar as entradas no cartão facilitou muito”, declarou o aposentado Rafaelito Soares.

A primeira temporada de 1789 contou com 18 apresentações ao longo do mês de julho. Quem não conseguiu conferir o espetáculo pode se programar para o mês de agosto, quando o Teatro Popular de Ilhéus (TPI) celebrará seus 18 anos com todas as montagens do seu repertório. A ópera afro-rock sobre o levante dos escravos do Engenho de Santana estará em cartaz novamente entre os dias 15 e 17, às 20 horas. 

Quem quiser garantir os ingressos antecipadamente, pode fazer reservas ligando para (73) 4102-0580. E, os interessados em pagar meia-entrada em todos os espetáculos da Tenda por um ano podem fazer o Cartão TPI, que ainda garante descontos em demais atividades do espaço cultural. O custo é de R$ 15.

O espetáculo 1789 traz em seu elenco 20 artistas, entre membros do TPI e do Terreiro Matamba Tombenci Neto, descendente dos escravos que realizaram a revolução histórica. A trilha sonora e direção musical são de Elielton Cabeça, coreografia de Zebrinha e maquiagem de Guto Pacheco. O espetáculo tem patrocínio do Fundo de Cultura da Bahia, através do edital setorial de teatro. A produção é de Pawlo Cidade, por meio da Associação Comunidade Tia Marita.

terça-feira, 23 de julho de 2013

Tenda do TPI oferece novos cursos e oficinas artísticas

A Tenda do Teatro Popular de Ilhéus está com inscrições abertas para novos cursos e oficinas artísticas. A partir de agosto, serão oferecidas aulas de acrobacia aérea em tecido, oficina de harmonia e improvisação e capoeira. Continuam os cursos de bateria e percussão, dança afro-brasileira, violão e guitarra. Mais informações, pelo telefone (73) 4102-0580.

As aulas de acrobacia aérea em tecido serão ministradas pela professora Paula, durante as quartas-feiras, das 9 às 11 horas. A mensalidade custa R$ 60. O curso de capoeira, oferecido pelo Mestre Virgílio, já vem acontecendo no espaço cultural e tem vagas para novos alunos. Os encontros são todas as segundas-feiras, às 18 horas e custa R$ 30 por mês. 

A oficina de harmonia e improvisação, oferecida pelo professor Ricardo Maciel, acontecerá no dia 10 de agosto, das 14 às 16 horas. A iniciativa será gratuita e engloba todos os instrumentos musicais, com formação de escalas, acordes, campo harmônico, modos gregos e arranjos aplicados em música popular. Os interessados devem procurar a Tenda do Teatro Popular de Ilhéus com antecedência para inscrição.

O curso de bateria e percussão com o professor Sabará acontece às sextas-feiras com turmas às 9 horas e às 14 horas. A mensalidade custa R$ 40. As aulas de dança afro-brasileira, com Neide Rodrigues, são ministradas às terças-feiras às 16 horas e aos sábados às 10 horas. O custo mensal é de R$ 50 ou a aula avulsa por R$ 15. E o professor Ricardo Maciel oferece ainda o curso de violão e guitarra, sempre às quartas-feiras, a partir das 16 horas. A taxa mensal é R$ 80.


            

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Última semana de 1789 terá sessões de segunda a quinta

 
A última semana do espetáculo 1789 acontecerá entre a próxima segunda e quinta-feira (22 a 25). O horário das apresentações continua às 20 horas, na Tenda do Teatro Popular de Ilhéus. Como parte do elenco é composta por membros do Terreiro Matamba Tombenci Neto e, nos dias 26 e 28 a instituição religiosa estará em festa, o final da temporada foi antecipado. Os ingressos custam R$ 20 e R$10, podem ser adquiridos no cartão de crédito, débito ou pelo Cartão TPI. Reservas pelo telefone (73) 4102-0580.

A montagem do Teatro Popular de Ilhéus (TPI) tem atraído diferentes públicos em cada sessão. Além da comunidade local, turistas de várias partes do Brasil, como Goiás, Distrito Federal, Espírito Santo, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul já marcaram presença. Nesta semana, alunos do Colégio Estadual Paulo Américo de Oliveira, de Ilhéus, também compuseram o público, comprometendo-se a entregar uma atividade escolar sobre a peça.

O levante dos escravos do Engenho de Santana, ocorrido no final do século XVIII, é o tema principal de 1789. Mas o espetáculo trata de questões mais profundas, a exemplo da relação entre patrões e empregados, direitos humanos e responsabilidade social. São 20 atores, atrizes, músicos e bailarinos que, com muito dinamismo, misturam história e ficção na narrativa escrita e dirigida por Romualdo Lisboa.

A trilha sonora e direção musical de 1789 são de Elielton Cabeça, coreografia de Zebrinha e maquiagem de Guto Pacheco. O espetáculo é patrocinado pelo Fundo de Cultura da Bahia, através do edital setorial de teatro. A produção é de Pawlo Cidade, da Associação Comunidade Tia Marita.

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Artista plástico Rildo Foge retrata tempos áureos de Ilhéus em grafite


O artista plástico Rildo Foge está finalizando a intervenção urbana “Por uma Ilhéus mais Viva”. Utilizando a técnica do grafite, ele retrata cenas cotidianas das décadas de 1920 e 30, quando o povo grapiúna vivenciava o apogeu da lavoura cacaueira. Ao todo, serão oito painéis em muros e paredões de imóveis públicos e privados, autorizados pelos seus proprietários ou responsáveis. O lançamento será no próximo dia 25.

Anteriormente, o artista realizou o projeto com recursos próprios. Desta vez, conta com patrocínio da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb), através do edital do Calendário das Artes, o que permitiu a ampliação das obras de arte urbana. A iniciativa conta ainda com apoio do Teatro Popular de Ilhéus. Além dos painéis, será criado um folheto com fotos, informações e localização dos painéis para facilitar o acesso às obras de arte. A maior parte está no Centro Histórico e pontos turísticos da cidade.

O lançamento da intervenção urbana foi programado para integrar as comemorações oficiais dos 479 anos de fundação e 132 anos de emancipação política de Ilhéus, em 28 de junho. Mas, as fortes chuvas atrasaram o cronograma das pinturas, já que todas são ao ar livre. Através do grafite, uma das expressões urbanas com notoriedade crescente, Rildo Foge passa a riqueza e beleza dos tempos áureos da cidade.

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Público da Tenda do TPI pode comprar ingressos no cartão

O público da Tenda do Teatro Popular de Ilhéus (TPI) já pode escolher a forma de pagamento dos ingressos. A partir desta quarta-feira (17), as vendas serão feitas em dinheiro, cartão de crédito ou débito. Há ainda o Cartão TPI, que dá direito à meia-entrada por um ano, além de outros benefícios. “Queremos facilitar ao máximo o acesso e incentivar ainda mais as pessoas a prestigiarem as atividades do nosso espaço”, declarou a gerente administrativa do grupo, Genícia Barbosa.

Para os pagamentos no cartão de crédito, o Teatro Popular de Ilhéus utiliza a máquina da Cielo, que trabalha com grande parte das bandeiras do mercado. De acordo com Genícia, o objetivo é ampliar as possibilidades de pagamento. “Estamos providenciando a venda também pela internet dos ingressos e também de outros produtos do Teatro Popular de Ilhéus, como os livros da Editora Mondrongo”, adiantou.

Já o Cartão TPI faz parte de um programa de fidelidade, que busca estreitar a relação entre o grupo e os visitantes mais assíduos. Para adquirir o produto, basta efetuar um cadastro, que gera um número de identificação pessoal e intransferível. É cobrada uma taxa de R$ 15 e o cliente, além de pagar meia-entrada por um ano, receberá convites para seminários, debates, mostras e demais eventos. Mais informações, pelo telefone (73) 4102-0580.

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Cineclube Équio Reis vai ao Basílio nesta terça-feira

Depois de visitar o Nossa Senhora da Vitória, o Cineclube Équio Reis itinerante segue para o bairro do Basílio, na noite desta terça-feira (16). A partir das 19 horas, será exibido o filme Narradores de Javé, no Colégio Estadual. A iniciativa é do Núcleo de Produção Audiovisual do Teatro Popular de Ilhéus com apoio da comunidade local. A entrada é franca. 

Esta não será a primeira vez que o Basílio recebe o Cineclube Équio Reis. Em agosto do ano passado, foi realizado o “Projetando Alto”, no Terreiro de Pedro Farias. O filme que será exibido nesta terça-feira conta a história do vilarejo de Javé, ameaçado pela construção de uma usina hidrelétrica. Como protesto, os moradores decidem escrever um documento contando os grandes acontecimentos históricos da comunidade. O longa-metragem é dirigido por Eliane Caffé.

O Cineclube Équio Reis acontece desde 2009, exibindo filmes uma vez por semana, com entrada franca. Em novembro de 2012, foi assinado convênio com a Universidade Estadual de Santa Cruz, passando a exibir produtos realizados ou apoiados pelo Curso de Comunicação Social. Nas próximas terças-feiras, o projeto itinerante segue para os bairros da Conquista e Nelson Costa.

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Atores a postos para 1789


A forte chuva não impede que a revolução aconteça. O elenco do Teatro Popular de Ilhéus se preparando para mais uma apresentação de 1789, no dia em que o Brasil parou suas atividades para protestar e lutar por condições mais justas, assim como os escravos do Engenho de Santana.

terça-feira, 9 de julho de 2013

1789 entra na segunda semana de apresentações


A ópera afro-rock do Teatro Popular de Ilhéus (TPI) entra em sua segunda semana de apresentações, na Tenda montada na Avenida Soares Lopes. O espetáculo 1789 ficará em cartaz até o dia 27 deste mês, com sessões de quarta a sábado, sempre às 20 horas. As entradas para quem quiser conferir a história do levante dos escravos do Engenho de Santana custam R$ 20 e R$ 10. A classificação indicativa é 12 anos.

A montagem 1789 não se limita a contar o fato histórico, ocorrido em Ilhéus, no final do século XVIII. Unindo as linguagens do teatro, música, dança e audiovisual, o espetáculo fala sobre a necessidade de novas revoluções de ideias e posturas. Além do elenco do TPI, a peça traz membros do Terreiro Matamba Tombenci Neto, descendente dos cativos que protagonizaram a rebelião entre 1789 e 1791. “É um reforço às nossas raízes históricas”, enfatiza o autor e diretor Romualdo Lisboa. 

Elenco e cenário estão em permanente transformação, ritmados pela vigorosa trilha sonora composta por Elielton Cabeça, que combina rock e blues à percussão africana. Ao todo, são 20 artistas em cena, que interpretam, cantam e dançam. As coreografias foram elaboradas pelo diretor artístico do Balé Afro da Bahia, Zebrinha. A maquiagem étnica, que remete às tribos africanas foi concebida por Guto Pacheco.

A peça 1789 começa em uma fábrica de processamento de cacau em uma fictícia Ilhéus de 2089. Os trabalhadores lutam por melhores condições de trabalho e desejam parar de exportar a matéria-prima e produzir o próprio chocolate. A partir disso, começam os saltos no tempo e espaço até o século XVIII, entre Brasil e Portugal. A série de acontecimentos, misturando personagens reais e fictícios mostra o contexto que culminou na carta de reivindicações escrita pelos negros, durante a revolta no Engenho de Santana.

As pesquisas históricas para 1789 foram orientadas pelo historiador doutor Marcelo Henrique Dias, incluindo debates com especialistas no projeto Improviso, Oxente!. O espetáculo foi um dos contemplados pelo edital setorial de teatro do Fundo de Cultura da Bahia. A produção é de Pawlo Cidade, através da entidade sociocultural Associação Comunidade Tia Marita.

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Cineclube Équio Reis circula por quatro bairros de Ilhéus


O Cineclube Équio Reis sai dos limites da Tenda do Teatro Popular de Ilhéus (TPI) e circula por quatro bairros de Ilhéus. Neste mês, serão exibidos filmes nas localidades do Nossa Senhora da Vitória, Basílio, Conquista e Nelson Costa. As projeções continuam às terças-feiras, a partir das 19 horas, com entrada franca. A iniciativa é do Núcleo de Produção do TPI com apoio das comunidades.

O bairro Nossa Senhora da Vitória será o primeiro a receber o Cineclube itinerante. Nesta terça-feira (08), será exibido o filme espanhol “Conflito das Águas”. A ficção dirigida por Iciar Bollain conta a história de cineastas que vão a Bolívia para filmar a relação entre indígenas e colonizadores espanhóis. Mas, eles acabam no meio de um conflito entre a população local e o governo por conta da privatização da água.

O Cineclube Équio Reis acontece desde 2009, exibindo filmes uma vez por semana, com entrada franca. Esta não é a primeira vez que o projeto sai do espaço cultural. Em agosto do ano passado, foi realizado o “Projetando Alto”, no Basílio. Em novembro de 2012, foi firmada parceria com a Universidade Estadual de Santa Cruz, passando a exibir produtos realizados ou apoiados pelo Curso de Comunicação Social.

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Estreia oficial de 1789 será nesta terça na Tenda do TPI


A partir desta terça-feira (02), o Teatro Popular de Ilhéus (TPI) começa sua nova revolução com a estreia de 1789. O espetáculo, uma ópera afro-rock, não só conta o fato histórico do levante dos escravos do Engenho de Santana, no século XVIII. A peça discute ainda condições de trabalho, autonomia de produção e a necessidade de uma nova transformação social. A peça será apresentada às 20 horas e ficará em cartaz até o final do mês, de quarta a sábado, na Tenda do TPI. As entradas custam R$ 20 e R$ 10.

Apesar de a estreia ter sido marcada para a data em que se comemora a Independência da Bahia, o espetáculo 1789 fará apresentação especial para 200 convidados nesta segunda-feira (1º). A pré-estreia será às 20 horas, na Tenda do TPI, montada na Avenida Soares Lopes. Como forma de valorização dos produtos culturais da região, a avant-première não será gratuita. As entradas devem ser reservadas no local ou pelo telefone (73) 4102-0580.

Coreógrafo Zebrinha orientando
elenco dias antes da estreia
O diretor artístico do Balé Afro da Bahia, Zebrinha, re-encontrou com o elenco do TPI neste sábado e domingo (29 e 30). O coreógrafo ajudou a afinar os últimos detalhes dos movimentos dos artistas e marcações de cenas. Ele já havia colaborado anteriormente com a montagem. Outro colaborador artístico foi o diretor e dramaturgo Márcio Meirelles, do Bando de Teatro Olodum, que ministrou oficina sobre performance negra.

Além da combinação musical entre rock e música afro, dirigida por Elielton Cabeça, 1789 mistura as linguagens do teatro, dança e audiovisual. “Queremos apresentar um fato histórico de maneira diferente, do jeito do Teatro Popular de Ilhéus”, explica o autor e diretor Romualdo Lisboa. A peça conta ainda com membros do Terreiro Matamba Tombenci Neto, remanescente dos escravos do Engenho de Santana. Mãe Hilsa Mukalê, matriarca da comunidade, faz uma participação especial.
Tudo em 1789 está em constante transformação. Parte da estrutura cênica é construída ao decorrer de cada acontecimento, com sacos recheados de serragem. Ao todo, 20 artistas em cena revezam-se entre diferentes papéis. Os figurinos foram confeccionados pelas costureiras do Terreiro e a maquiagem feita por Guto Pacheco. Os equipamentos e acessórios utilizados foram adquiridos em Ilhéus, exceto o de rapel.

A história de 1789 começa em uma fábrica de processamento de cacau no ano de 2089. Os trabalhadores lutam para produzir o próprio chocolate, deixando de exportar a matéria-prima. A partir das discussões sobre a greve, o espetáculo faz saltos no tempo e espaço, até a rebelião dos cativos, que tomaram o Engenho de Santana entre 1789 e 1791. O fato histórico foi marcado por uma carta de reivindicações escrita pelos negros, demonstrando letramento entre os escravos, na época em que o analfabetismo imperava.

As pesquisas históricas para 1789 foram orientadas pelo professor doutor Marcelo Henrique Dias, além de uma série de debates no projeto Improviso, Oxente!, iniciada em 2008 e retomada em 2012. O espetáculo foi um dos contemplados pelo edital setorial de teatro do Fundo de Cultura da Bahia. A produção é de Pawlo Cidade, através da entidade sociocultural Associação Comunidade Tia Marita.