1789 segue em cartaz nesta quinta e sexta às 19 horas |
História e arte se misturam no livro 1789, de Romualdo Lisboa. O lançamento
aconteceu na noite da última quarta-feira (20), após apresentação da ópera
afro-rock homônima, também escrita e dirigida pelo escritor. A solenidade
marcou o Dia da Consciência Negra na Tenda Teatro Popular de Ilhéus (TPI) e a
plateia ainda participou de bate-papo com autor e elenco, mediado por Pawlo
Cidade. O espetáculo segue em cartaz nesta quinta e
sexta-feira (21 e 22), às 19 horas. As entradas custam R$ 20 e R$ 10 para
idosos, estudantes e associados do Cartão TPI.
Romualdo Lisboa e Pawlo Cidade em bate-papo com a plateia |
Publicado
pela Mondrongo Livros, editora do TPI, 1789
traz o texto da montagem, prefácio do jornalista e crítico teatral Valmir
Santos, orelha de Gustavo Felicíssimo e apêndices do doutor Marcelo Henrique
Dias, trazendo o comparativo com o fato histórico, e do mestre Felipe de Paula
Souza, a respeito do audiovisual no teatro. A peça foi uma das contempladas pelo edital
setorial de teatro do Fundo de Cultura da Bahia.
Para
Romualdo Lisboa, 1789 não apenas
conta o fato histórico do levante dos escravos do Engenho de Santana, ocorrido
em Ilhéus no século XVIII. “Nossa região ainda vive as consequências do
declínio da lavoura cacaueira e busca novos empreendimentos como alternativa de
desenvolvimento econômico. Talvez a resposta para sair dessa crise já faça
parte da nossa realidade. Basta usar a criatividade”, comentou.
Combinando
história e ficção, 1789 começa no ano
de 2089, quando operários de uma fábrica de processamento de cacau paralisam
suas atividades e organizam-se a fim de não mais fornecerem matéria-prima, mas
produzirem o próprio chocolate. Com saltos no tempo e espaço, é contextualizado
como aconteceu a revolta dos cativos, que paralisaram suas atividades até 1791 e redigiram uma carta de
reivindicações. O acontecimento é considerado o embrião do movimento sindical
no Brasil.
Estande da Mondrongo na XI Bienal do Livro da Bahia |
O
livro 1789 é a publicação mais
recente da Mondrongo. A editora, que completou dois anos de existência,
participou da XI Bienal do Livro da Bahia, apresentando 30 títulos no seu
estande. Entre eles, foram feitas a segunda edição de três obras: Inúmera, de Daniela Galdino; O sangue que corre nas veias, de Rodrigo
Melo e Blues para Marília, de Gustavo
Felicíssimo. Entre outras obras mais procuradas e elogiadas, também estão: A morte da amada, de Nívia Maria
Vasconcelos e Do coração dos malditos,
de Silvério Duque.
Interessados no livro
1789 podem comprá-lo na Tenda Teatro
Popular de Ilhéus e também nos sites das livrarias Cultura, Saraiva, Siciliano
e Loja Singular ao preço de R$ 30. Titulares do Cartão TPI têm desconto,
pagando R$ 25 ao retirar o produto no espaço cultural. Mais informações pelo
telefone (73) 4102-0580.
Nenhum comentário:
Postar um comentário