segunda-feira, 30 de dezembro de 2019

Teatro Popular de Ilhéus divulga sua Retrospectiva 2019


Em 2020 o grupo completará 25 anos
 
 O Teatro Popular de Ilhéus encerra o ano de 2019 com números muito significativos para a cultura e a economia baianas. Durante os 12 meses de atividades ininterruptas, o grupo estreou espetáculos, promoveu oficinas, sediou dezenas de eventos, movimentou a economia da região e até viajou para a Europa. E trazendo esses números para o conhecimento público, o TPI já tem importantes projetos para 2020 – ano em que o grupo completa 25 anos de existência.
Fundado em 1995 por Équio Reis (in memoriam), o Teatro Popular de Ilhéus é uma instituição cultural independente com uma importante trajetória de produção teatral na região sul baiana. Suas dezenas de espetáculos proporcionaram ao grupo diversos prêmios, turnês, intercâmbios culturais e participação em vários festivais nacionais e internacionais. Desde 2013 o TPI funciona na “Tenda”, uma estrutura em lona na forma de um circo, localizada na Avenida Soares Lopes, área central da cidade de Ilhéus. Antes disso, o grupo atuou por muitos anos na antiga “Casa dos Artistas”, no Centro Histórico de Ilhéus.
Atualmente o Teatro Popular de Ilhéus é mantido pelo programa de Ações Continuadas de Instituições Culturais – uma iniciativa da Secretaria de Cultura da Bahia com recursos do Fundo de Cultura do Estado da Bahia, mecanismo que custeia, total ou parcialmente, projetos estritamente culturais de iniciativa de pessoas físicas ou jurídicas de direito público ou privado. Os projetos financiados pelo Fundo de Cultura são, preferencialmente, aqueles que, apesar da importância do seu significado, sejam de baixo apelo mercadológico, o que dificulta a obtenção de patrocínio junto à iniciativa privada.
Ao total foram 80 eventos realizados em 2019 na Tenda TPI, incluindo espetáculos teatrais, musicais e de dança, feiras, debates, encontros, lançamentos e exposições que beneficiaram um público de aproximadamente 14 mil pessoas. Incluem-se nessas apresentações as estreias de dois espetáculos originais do Teatro Popular de Ilhéus, sendo eles “O Boi da Cara Preta” no mês de janeiro, e “Baltazar e a terrível peleja entre o Cangaceiro e o Coronel ou às vezes tem briga que termina em merda”, no mês de junho. Além disso, ainda foram ministradas 192 horas de oficinas, incluindo as “Oficinas de figurinos e adereços para teatro”, ministradas pelo figurinista e cenarista Shicó do Mamulengo, e que têm grande importância para a construção dos espetáculos do TPI.
Em 2019, o grupo do Teatro Popular de Ilhéus fez ainda sua primeira participação em evento internacional na Europa, apresentando dois espetáculos no “Sommerwerft Theater Festival”, que aconteceu nos meses de julho e agosto na cidade alemã de Frankfurt. A viagem da equipe foi custeada por campanha de financiamento coletivo, que arrecadou recursos do setor público, privado e de pessoas físicas que acompanham o trabalho do TPI. Além das apresentações teatrais, durante o festival o grupo também ministrou e participou de oficinas de teatro, consolidando trocas de experiências com companhias artísticas de várias partes do mundo.
Neste ano, o TPI teve uma receita de mais de R$ 360.000,00, dos quais R$ 330.000,00 vieram do Projeto de Ações Continuadas de Instituições Culturais do Fundo de Cultura da Bahia. Além disso, R$ 10.000,00 vieram da Prefeitura Municipal de Ilhéus para o projeto “TPI na Alemanha”; cerca de R$ 13.000,00 foram de doações de pessoas físicas e jurídicas também para este projeto; e aproximadamente R$ 8.000,00 foi o líquido gerado pela bilheteria. Desse valor total captado, estima-se que cerca de 90% foi aplicado na economia local através de pagamentos de cachês para artistas locais, pagamentos de salários e aquisição de materiais e equipamentos no comércio de Ilhéus – o que demonstra a importância da instituição para a dinamização econômica da nossa região.
E para abrir o ano de 2020, o Teatro Popular de Ilhéus já tem duas estreias programadas para o período. A primeira estreia será a obra “Sonho de uma noite de verão”, com texto e direção de Romualdo Lisboa e livremente inspirada da obra homônima de William Shakespeare. O espetáculo já está em fase de ensaios e confecção de figurinos e cenários – para a qual realiza campanha de arrecadação de material necessário para tal montagem. Qualquer pessoa pode doar materiais como malas, colchões de espuma, mosquiteiros, sombreiros de praia, bicicletas, potes e panelas de barro, que podem ser entregues diretamente na Tenda. Outra ação que também faz parte da montagem do espetáculo é o envio de vídeos por parte de qualquer pessoa contando “Qual o seu sonho?”. Ambas as campanhas estão detalhadas nas redes sociais do TPI.
A segunda estreia do ano será o espetáculo “A Santa Joana do cacau”, com texto e direção de Romualdo Lisboa e livremente inspirada na obra “A Santa Joana dos matadouros” de Bertolt Brecht. A montagem é o terceiro espetáculo que compõe a chamada “Trilogia da Guerra”, cujos primeiros espetáculos foram “Os fuzis da Senhora Carrar” e “Uma certa Mãe Coragem”, estreados em 2016 e 2018 no TPI, respectivamente.
Por fim, para celebrar os 25 anos de existência do Teatro Popular de Ilhéus, está previsto também para este ano o lançamento de um livro que contará toda a história do grupo ao longo dessas duas décadas e meia de trajetória. Aguardado para o segundo semestre de 2020, a obra intitulada “A vida é uma rima” trará um ensaio biográfico do Teatro Popular de Ilhéus, escrito pelo crítico teatral e jornalista Valmir Santos. Mais do que números conquistados ao longo desses anos, o livro relembrará momentos importantes que tornaram o Teatro Popular de Ilhéus uma referência cultural na Bahia.

quarta-feira, 11 de dezembro de 2019

Tenda TPI recebe dois espetáculos neste final de semana



A programação de dezembro do Teatro Popular de Ilhéus contará com a apresentação de dois espetáculos em três sessões neste final de semana. Nesta quinta-feira (12), às 19h30, o IFBA Campus Ilhéus traz para o palco da Tenda o espetáculo infantojuvenil “O Fim do Menino Rei”, escrito, dirigido e produzido por Jones Mota. A montagem é livremente inspirada na obra “O reizinho mandão”, de Ruth Rocha.
A obra conta a história de um jovem rei que, por não saber ouvir o seu povo, acaba provocando uma maldição que ensurdece todo o reino, o que o faz sair em uma longa jornada em busca de solução. O texto aborda temáticas como política, já que o menino-rei governa e legisla em seu reino; inclusão social de pessoas surdas, com a utilização da Linguagem Brasileira de Sinais no próprio espetáculo; e o respeito a diversidade étnico-racial e cultural, com o uso de elementos da cultura popular nordestina, indígena e africana. Os ingressos estão à venda no IFBA e na Tenda TPI por R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia-entrada).
Já nos dias 13 e 14 (sexta e sábado), às 20 horas, será a vez do espetáculo “A Travessia do Grão Profundo” ir em cena no palco da Tenda. Trata-se da mais nova criação do dramaturgo e diretor teatral baiano Paulo Atto, e que acaba de encerrar uma temporada em Salvador no mês de novembro e foi muito bem recebida pelo público e pela imprensa da capital. Com duração de 70 minutos, a peça conta a história de Zinho, um jovem que sai em busca de seu pai através da caatinga, que migrou abandonando a família.
A busca de Zinho termina por levá-lo a manter contato com um sertão profundo, muito ligado às raízes e ao imaginário de sua gente, a mergulhar na sonoridade sertaneja, na religiosidade, na prosa particular com seu rico vocabulário e a maneira de reconstruir os mitos do sertão através de personagens tragicômicos.
Um dos destaques da obra vai para a trilha sonora do espetáculo, feita com exclusividade por Luciano Salvador Bahia e J. Velloso. Luciano assina a direção musical e a trilha possui composições de Jota Veloso em parceria com ele. Também na trilha sonora há ainda as participações de Celo Costa, Evelin Bucheger, Ângelo Rafael Fonseca e o Coral Ecumênio da Bahia (Coro masculino) e o próprio J. Velloso que canta o Aboio final. Outro ponto alto são os figurinos de Schicó do Mamulengo, artista potiguar que reside atualmente em Ilhéus.
A Travessia do Grão Profundo é uma criação do Centro Internacional Avatar de Artes (CIACEN) Cia Avatar / Núcleo Caatinga, Grupo Quixabeira com apoio financeiro do fundo Municipal de Cultura de Irecê. As apresentações na cidade contam com o patrocínio do Vesúvio e Cacá Colchões. Os ingressos já estão à venda, e podem ser adquiridos a R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia), na Tenda, ou no site www.teatropopulardeilheus.com.br/programacao.
O Teatro Popular de Ilhéus é uma instituição cultural independente, fundada em 1995 e atualmente mantida pelo programa de Ações Continuadas de Instituições Culturais – uma iniciativa da Secretaria de Cultura da Bahia com recursos do Fundo de Cultura do Estado da Bahia, mecanismo que custeia, total ou parcialmente, projetos estritamente culturais de iniciativa de pessoas físicas ou jurídicas de direito público ou privado. Os projetos financiados pelo Fundo de Cultura são, preferencialmente, aqueles que apesar da importância do seu significado, sejam de baixo apelo mercadológico, o que dificulta a obtenção de patrocínio junto à iniciativa privada.

terça-feira, 10 de dezembro de 2019

“A Travessia do Grão Profundo”, de Paulo Atto, se apresenta neste fim de semana na Tenda



A Travessia do Grão Profundo, novo espetáculo do dramaturgo e diretor teatral baiano Paulo Atto, fará duas apresentações neste final de semana em Ilhéus. O espetáculo acaba de encerrar uma temporada em Salvador no mês de novembro e foi muito bem recebida pelo público e pela imprensa da capital. Agora se apresenta na Tenda Teatro Popular de Ilhéus dias 13 e 14 de dezembro (sexta e sábado), às 20 horas.
Com duração de 70 minutos, a peça conta a história de Zinho, um jovem que sai em busca de seu pai através da caatinga, que migrou abandonando a família. Atto assina o texto e a direção e o ator Marcos de Assis assume o papel do personagem principal. “A Travessia do grão profundo reflete também sobre nossa cultura e sua diversidade ao contar histórias sobre os modos de ser do sertão, seus hábitos, falares e personagens cômicos e únicos”, explica o diretor Paulo Atto.
A busca de Zinho termina por levá-lo a manter contato com um sertão profundo, muito ligado às raízes e ao imaginário de sua gente, a mergulhar na sonoridade sertaneja, na religiosidade, na prosa particular com seu rico vocabulário e a maneira de reconstruir os mitos do sertão através de personagens tragicômicos.
Um dos destaques da obra vai para a trilha sonora do espetáculo, feita com exclusividade por Luciano Salvador Bahia e J. Velloso. Luciano assina a direção musical e a trilha possui composições de Jota Veloso em parceria com ele. Também na trilha sonora há ainda as participações de Celo Costa, Evelin Bucheger, Ângelo Rafael Fonseca e o Coral Ecumênio da Bahia (Coro masculino) e o próprio J. Velloso que canta o Aboio final. Outro ponto alto são os figurinos de Schicó do Mamulengo, artista potiguar que reside atualmente em Ilhéus.
“Trabalhar em trilhas que possuem a música nordestina de raiz como matéria prima é sempre muito desafiador e emocionante. Principalmente porque sou completamente apaixonado por esse universo sonoro, cheio de alegria e de sofrimento, expressados de forma tão perfeita através da música”, disse o diretor musical, Luciano Salvador Bahia. O compositor J. Velloso falou sobre a emoção de realizar o trabalho. “Eu me movo e crio através das paixões, mas a forma apaixonada com que Paulo Atto nos apresentou a peça me seduziu imediatamente, e mergulhei nos arrepios para participar do seu trabalho”, disse.
A Travessia do Grão Profundo é uma criação do Centro Internacional Avatar de Artes (CIACEN) Cia Avatar / Núcleo Caatinga, Grupo Quixabeira com apoio financeiro do fundo Municipal de Cultura de Irecê. As apresentações na cidade contam com o patrocínio do Vesúvio e Cacá Colchões. Os ingressos já estão à venda, e podem ser adquiridos a R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia), na Tenda, ou no site www.teatropopulardeilheus.com.br/programacao.
O Teatro Popular de Ilhéus é uma instituição cultural independente, fundada em 1995 e atualmente mantida pelo programa de Ações Continuadas de Instituições Culturais – uma iniciativa da Secretaria de Cultura da Bahia com recursos do Fundo de Cultura do Estado da Bahia, mecanismo que custeia, total ou parcialmente, projetos estritamente culturais de iniciativa de pessoas físicas ou jurídicas de direito público ou privado. Os projetos financiados pelo Fundo de Cultura são, preferencialmente, aqueles que apesar da importância do seu significado, sejam de baixo apelo mercadológico, o que dificulta a obtenção de patrocínio junto à iniciativa privada.