segunda-feira, 14 de outubro de 2019

TPI abre inscrições para oficina de figurinos e adereços



O Teatro Popular de Ilhéus está recebendo inscrições para a Oficina de Confecção de Figurinos e Adereços para Teatro, a ser ministrada pelo figurinista Shicó do Mamulengo. O curso propõe o estudo e construção de figurinos pelo método da “moulage”, e é gratuito, voltado especialmente para pessoas que já têm prática com costura ou que trabalhem como teatro. É necessário ainda ser maior de 16 anos.
As inscrições vão até o dia 19 de outubro, e podem ser feitas online. Para isso, basta que o interessado envie um e-mail com o assunto “Inscrição oficina” para o endereço ascomtpi@gmail.com, informando no corpo do e-mail seu nome completo, data de nascimento, endereço e telefone. Entretanto as vagas são limitadas, sendo apenas 10 disponíveis por ordem de inscrição. As aulas começarão já no dia 21 de outubro, indo até o dia 31, e acontecerão de segunda a sábado desse período, das 09 às 12 horas e das 14 às 17 horas. Ao final do curso, os inscritos que obtiverem pelo menos 70% de frequência farão jus ao certificado de 60 horas de oficina.
A oficina faz parte das atividades que vêm preparando o próximo espetáculo do TPI, “Sonho de uma noite de verão”, que tem previsão para estrear dia 21 de dezembro. A obra de Shakespeare adaptada por Romualdo Lisboa está em fase de ensaio, e terá parte de seus figurinos executados durante a oficina de Shicó através da técnica da “moulage”, que é uma forma de modelagem cuja criação é feita diretamente no manequim, permitindo um acabamento mais aprimorado.
Shicó do Mamulengo faz parte da equipe do TPI desde 2014, coordenando o Centro Técnico de Figurinos e Adereços, criando cenários, figurinos, adereços e bonecos para os espetáculos do grupo. Nascido Francisco de Assis, é natural de Açu, no Rio Grande do Norte, e é ainda mestre mamulengueiro, arte que lhe confere seu nome artístico. Já ministrou diversas oficinas no TPI sobre métodos de confecção de figurinos e adereços, agregando o ensino de suas técnicas ao trabalho de criação para os espetáculos do TPI.
O Teatro Popular de Ilhéus é uma instituição cultural mantida pelo programa de Ações Continuadas de Instituições Culturais – uma iniciativa da Secretaria de Cultura da Bahia com recursos do Fundo de Cultura do Estado da Bahia, mecanismo que custeia, total ou parcialmente, projetos estritamente culturais de iniciativa de pessoas físicas ou jurídicas de direito público ou privado. Os projetos financiados pelo Fundo de Cultura são, preferencialmente, aqueles que apesar da importância do seu significado, sejam de baixo apelo mercadológico, o que dificulta a obtenção de patrocínio junto à iniciativa privada.

TPI recebe grupo alemão Antagon em intercâmbio teatral


Nos dias 10 a 12 de outubro, o Teatro Popular de Ilhéus recebeu em sua sede, a Tenda TPI, o grupo alemão de teatro Antagon Theater AKTion em um intercâmbio de experiências teatrais. O grupo foi responsável pela organização do Sommerwerft Theater Festival, que aconteceu nos meses de junho e julho na cidade de Frankfurt, na Alemanha, e do qual o grupo do Teatro Popular de Ilhéus participou a convite do Antagon. O Festival reuniu grupos de teatro do mundo inteiro.
Em sua viagem ao festival alemão, o grupo do TPI teve a chance de fazer a abertura do evento, que ocorreu no dia 19 de julho, encenando o espetáculo “Teodorico Majestade: as últimas horas de um prefeito”. No dia 27 do mesmo mês aconteceu a estreia de “Baltazar e a terrível peleja entre o Cangaceiro e o Coronel ou às vezes tem briga que termina em merda”. Além de apresentar os dois espetáculos, ambos com legendas em alemão e programas impressos em inglês, o TPI ainda ministrou e participou de oficinas e atividades programadas para o evento.
De volta a Ilhéus, o grupo agora recebe aqueles que foram seus anfitriões. Os três dias de oficinas realizadas entre os dois grupos na Tenda permitiram trocas de experiências sobre expressão corporal, musicalidade e improviso, e ainda culminaram em uma apresentação para o público. No dia 12, às 19 horas, foi em cena a performance “Corpus Mundi”, concebida, coreografada e encenada por Bárbara Luci, brasileira que faz parte do grupo alemão Antagon. Na performance, que ainda tem execução musical dos alemães Ruben Wielsch e Bernhard Bub, uma mulher conta e reconta memórias sobre seu corpo e sua herança feminina e negra. Ela traz consigo uma narrativa biográfica que transcende geografia estética, limites, experiências privadas e compromissos públicos.
Logo na sequência, os dois grupos, Teatro Popular de Ilhéus e Antagon Theater AKTion, realizaram uma performance experimental baseada nos três dias de oficinas realizadas na Tenda. Com uma atmosfera de sonho e utilizando a técnica teatral Mondrongo, desenvolvida pelo TPI e utilizada em alguns de seus espetáculos. Com a casa plateia lotada, os depois grupos desfecharam a noite com um bate-papo com o público, contando sobre as experiências proporcionadas por esse intercâmbio.
O Teatro Popular de Ilhéus é uma instituição cultural mantida pelo programa de Ações Continuadas de Instituições Culturais – uma iniciativa da Secretaria de Cultura da Bahia com recursos do Fundo de Cultura do Estado da Bahia, mecanismo que custeia, total ou parcialmente, projetos estritamente culturais de iniciativa de pessoas físicas ou jurídicas de direito público ou privado. Os projetos financiados pelo Fundo de Cultura são, preferencialmente, aqueles que apesar da importância do seu significado, sejam de baixo apelo mercadológico, o que dificulta a obtenção de patrocínio junto à iniciativa privada.

sábado, 12 de outubro de 2019

Tenda TPI terá programação especial no mês das crianças


           
O Teatro Popular de Ilhéus preparou uma programação especial para comemorar o mês das crianças. Com espetáculos infantis, contação de histórias, cinema, cordéis, palhaçaria e feira de artesanato, culinária e produtos naturais, as atrações são ideais para qualquer idade e acontecerão durante os próximos finais de semana.
No dia 19 de outubro, próximo sábado, acontece a IV Feirinha Popular de Produtos Regionais do TPI. Esta edição da feira tem o tema especial do “mês das crianças”, oferecendo vários produtos feitos por pequenos comerciantes da região. O público terá a possibilidade de consumir itens como artesanatos diversos, produtos de beleza, moda e saúde, além de variedades gastronômicas a preços populares. As atrações artísticas ficam por conta do “Conto e Cantigas” com a história “A mulher de sete metros”, trazendo uma contação interativa e com trilha sonora executada ao vivo; haverá também recitação de cordéis infantis, palhaçaria com as palhaças do grupo As Madalenas e os palhaços do Grupo Maktub, e ainda exibição de animações e curta-metragens infantis.
Além disso, durante a feirinha também será exibido o espetáculo “Shicó do Mamulengo no brinquedo de João Redondo”. A montagem é uma homenagem à cultura brasileira e suas raízes afro-lusitanas, e tem linguagem popular e dinâmica, interagindo com a plateia enquanto o ator se desdobra em muitos personagens para contar a história de um fazendeiro (João Redondo) e seu filho adotivo (Baltazar), um rapaz ingênuo e atrapalhado que vive situações engraçadas no decorrer do espetáculo. Nascido em Açú, no Rio Grande do Norte, Shicó é bonequeiro há 12 anos, além de ator, figurinista, aderecista, cenógrafo e poeta, e atualmente faz parte da equipe do TPI, coordenando o Centro Técnico de Figurinos e Adereços do grupo.
No dia 25 (sexta-feira), às 19 horas, vai em cena o espetáculo de mamulengos “Baltazar e a terrível peleja entre o Cangaceiro e o Coronel ou às vezes tem briga que termina em merda”. A brincadeira conta a história de Baltazar, um trabalhador muito astuto que descobre por acaso o ataque do Cangaceiro mais temido do sertão, João Valente, à cidade para cobrar vingança do Coronel João Redondo. O Coronel é pai de Minelvina, por quem Baltazar se desmancha de amores. Com a ajuda do amigo Benedito, Baltazar, medroso de corpo e alma, vai pôr em prática suas artimanhas para salvar a vida do Coronel e cair nas graças de Minelvina. Uma prova de que “a violência não é nada diante da inteligência”. Teatro de bonecos inspirado nos mamulengueiros do nordeste do Brasil. Com direção musical de Antônio Melo e cenários e figurinos de Shicó do Mamulengo, o espetáculo tem texto e direção de Romualdo Lisboa. Os ingressos podem ser adquiridos por R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia-entrada).
No sábado, dia 26, às 17 horas, tem “Conto e Cantiga” recontando a história “A mulher de sete metros”. A contação é feita por Tânia Barbosa, Gilberto Morais e Shicó do Mamulengo, utilizando brinquedos e brincadeiras tradicionais da cultura infantil brasileira. A trilha sonora ao vivo é executada por Cabeça Isidoro. Mais tarde, às 19 horas, é a vez das “Palhaças & Palhaços”, trazendo o reencontro do coletivo de palhaçaria feminina As Madalenas com os palhaços do Grupo de Tratro e Circo Maktub. O show de quadros cômicos utiliza diversas linguagens para expressar as identidades de cada grupo interagindo entre si e tendo o público como testemunha desse encontro trapalhão. Ambas as programações têm entrada na modalidade “pague quanto quiser”.
Além disso, desde a última edição da Feirinha Popular o TPI traz agora para seus eventos a “Carroça Troca-Troca” – uma espécie de brechó livre onde as pessoas podem doar qualquer coisa em bom estado que não lhe sirva mais (livros, roupas, objetos, etc) e também pegar para si coisas que lhe interessam. Não é necessário doar para ter direito às aquisições, e todas as doações restantes ficam para as próximas edições. Neste mês das crianças, o TPI sugere ainda que as pessoas doem brinquedos e livros infantis, a fim de beneficiar o público infantil. A Carroça ficará exposta em todos os eventos da Tenda, estimulando a livre troca entre o público.
O Teatro Popular de Ilhéus é uma instituição cultural mantida pelo programa de Ações Continuadas de Instituições Culturais – uma iniciativa da Secretaria de Cultura da Bahia com recursos do Fundo de Cultura do Estado da Bahia, mecanismo que custeia, total ou parcialmente, projetos estritamente culturais de iniciativa de pessoas físicas ou jurídicas de direito público ou privado. Os projetos financiados pelo Fundo de Cultura são, preferencialmente, aqueles que apesar da importância do seu significado, sejam de baixo apelo mercadológico, o que dificulta a obtenção de patrocínio junto à iniciativa privada.