As dores
e alegrias dos escravos são retratadas com dança, teatro e música, no
espetáculo Casa de Farinha. A
montagem da Cia. de Dança Sôanne Marry e do Ballet Folclórico IFBA campus
Ilhéus estreia nesta quinta-feira (28), na Tenda Teatro Popular de Ilhéus (TPI)
e segue em cartaz sexta e sábado (29 e 30). As apresentações acontecem sempre às
20 horas com ingressos a R$ 20 e R$ 10 para estudantes, idosos e titulares do
Cartão TPI.
Casa de Farinha é inspirado nos livros Farinha, Madeiras e Cabotagem: a capitania
de Ilhéus no antigo sistema colonial, do historiador Marcelo Henrique Dias,
e Tambores de Angola, de Robson
Pinheiro. Antes do cacau, a farinha era uma das principais fontes de renda da
capitania. “As casas de farinha dos engenhos eram subsídio de trabalho e também
de divertimento para os escravos”, complementou a diretora e coreógrafa Sôanne
Marry.
Segundo a
diretora do espetáculo, Sôanne Marry, quando se fala em escravidão, remete-se
imediatamente ao sofrimento dos cativos. Mas apesar de todas as dificuldades,
os negros também cantavam e dançavam. Para mostrar toda a vivacidade dos
escravos, o espetáculo tem como base o balé clássico, que acaba se fundindo a
outros estilos e ritmos.
Com 12
anos de existência, a Cia. de Dança Sôanne Marry se une ao Ballet Folclórico do
IFBA de Ilhéus, criado neste ano. Formado por 30 alunos, o objetivo do grupo é
divulgar a cultura regional através da dança, apresentando-se em institutos
federais de todo o Brasil.
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