segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Improviso, Oxente! discute inclusão social nesta terça



“Inclusão Social – do local para o global” será o assunto do Improviso, Oxente! desta terça-feira (14). A partir das 19 horas, o projeto de debates recebe o professor e ambientalista Rui Rocha. Com o tema geral: “A cidade é movida pela cultura”, esta edição é produto da parceria entre o Teatro Popular de Ilhéus (TPI) e o Instituto Nossa Ilhéus, que deseja construir um projeto para o município com a sociedade em geral. “O resultado das discussões será transformado em um livro, que será entregue ao prefeito eleito”, informou o diretor do TPI, Romualdo Lisboa. A entrada é franca. 

No último encontro do Improviso, Oxente!, o assunto da discussão foi “Uso Sustentável dos bens naturais comuns” e o especialista convidado foi o professor José Adolfo. Ele usou como base para sua fala o artigo “A tragédia dos bens comuns”, escrito pelo ecologista norte-americano Garret Hardin, em 1968. José Adolfo falou sobre o conflito entre interesses individuais e o bem comum no uso de recursos não renováveis. 

De acordo com o professor, em pouco mais de 100 anos, a população mundial cresceu sete vezes, enquanto os recursos naturais continuam os mesmos. “O uso de energia foi multiplicado por 10. Por isso, hoje temos graves problemas de água, espaço e qualidade do ar. Precisamos pensar em novas formas de gestão coletiva, pois temos a qualidade de nossa sobrevivência ameaçada”, destacou José Adolfo, cuja formação acadêmica é na área de Engenharia Agrícola. 

Para o convidado do último Improviso, Oxente!, o nível de crescimento populacional de Ilhéus está no limite para se tornar insustentável. O desmatamento para a ocupação de novas áreas e o povoamento das encostas podem causar grandes desastres naturais que atingirão as pessoas diretamente. “A tendência é que as mudanças climáticas serão ainda mais extremas, com longos períodos de seca e chuva. Se Ilhéus enfrentar uma grande chuva, a tendência é que os morros desabem como vem acontecendo no Rio de Janeiro”, disse. 

José Adolfo concluiu sua fala explicando que é possível controlar a degradação dos bens naturais aliado ao desenvolvimento socioeconômico. “A sociedade deve assumir o controle do uso dos bens comuns. Se esperar apenas pelo poder público não resolve, pois as administrações mudam e suas prioridades também”, afirmou.

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