Poucos minutos após a postagem do Teatro Popular de Ilhéus, na qual se inclui aos demais artistas da cena da Bahia em busca de um Plano de Crise para as Artes Cênicas, uma chuva de mensagens surgiram para dizer que nós, do Teatro Popular de Ilhéus, somos beneficiados pelo Fundo de Cultura da Bahia através de convênio, e que, portanto, não deveríamos reclamar do Governo do Estado.
Primeiro, gostaríamos de deixar claro que não se trata de uma reclamação, mas uma justa reivindicação, e que nós, artistas do Teatro Popular de Ilhéus, não somos os únicos artistas de Ilhéus. Somos apenas uma instituição cultural beneficiada pelo Programa de Ações Continuadas de Instituições Culturais - a única da nossa cidade. Temos consciência da importância disso, e agradecemos profundamente à Secretaria de Cultura do Estado pelo empenho em manter o Programa em funcionamento e os pagamentos em dia, mesmo diante desta adversidade. Sabemos que toda a equipe da Secretaria está empenhada em manter as ações da pasta em efetivo funcionamento. Mas e os artistas de rua? E os nossos companheiros e companheiras de teatro, circo e dança, e, para além das artes cênicas, a música, os espaços culturais privados que dependem da venda de ingressos para sobreviver? Nós estamos juntos!
O Teatro Popular de Ilhéus sempre se configurou num espaço de luta. E nunca, por força de apoios e patrocínios, deixou de fazer críticas aos governos, seja ele do Município, Estado ou Federação. Reiteramos a necessidade da execução imediata de um plano emergencial para a cultura. Não é possível que a Bahia não se posicione junto aos demais estados do nordeste que já lançaram editais e outras ações para o setor.
A nossa proposta para Ilhéus inclui todas as áreas da cultura - setores como música e artesanato são os mais impactados. É preciso que a Prefeitura Municipal de Ilhéus e o Governo do Estado da Bahia também façam sua parte para garantir a sobrevivência de quem vive da cultura. O tempo urge!
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