O Teatro Popular de Ilhéus se junta a companheiras e companheiros das artes cênicas de toda a Bahia para exigir que os Governos Municipais, Estadual e Federal tomem atitudes urgentes para amparar a nós, artistas, que dependemos da nossa arte para sobreviver, principalmente os mais vulneráveis, como artistas de rua, circenses e demais profissionais da cena.
É inquestionável o valor simbólico da arte, assim como é inquestionável que a arte é vetor de economia. Nós geramos emprego e renda, fazemos parte do PIB. Há mais de trinta dias nossos espaços culturais estão fechados e todos fomos convocados a ficar em casa para frear o crescimento dessa pandemia. Quanto tempo mais teremos que esperar? Sabemos que há urgência na compra de respiradores, na construção de hospitais de campanha, na aquisição de equipamentos para novas UTIs, mas o setor cultural também urge por saídas que nos mantenham vivos até o fim da quarentena.
Inúmeros Municípios e Estados, além da iniciativa privada, já lançaram editais emergenciais que permitem artistas e públicos se encontrarem virtualmente em meio à pandemia, levando para milhares de lares a poesia que tanto necessitamos para mantermos um mínimo de saúde mental diante dessa crise e permitindo aos artistas um ganho mínimo para sua sobrevivência.
É inconcebível que Ilhéus, com mais de 160 mil habitantes e uma cultura pujante, não tenha qualquer movimentação concreta do poder público para socorrer o setor. Precisamos de atitudes imediatas porque "meio dia chega na casa de todo mundo".
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