Na noite da última sexta-feira (08) o
Teatro Popular de Ilhéus recebeu o “Cineclube na Estrada”, uma iniciativa
independente do professor e escritor Hélvio Tamoio. O projeto é parte da
Comitiva “Paracatuzum”, que desde 2008 pega estrada para fomentar a troca entre
grupos e coletivos atuantes em arte pelo interior do país, e que até hoje já
passou por dezenas de cidades em doze estados brasileiros, além de mais dois
países.
Primeiro foi exibido o documentário “Procura-se
Irenice”, de 2016, dirigido por Marco Escrivão e Thiago B. Mendonça. O curta de
25 minutos faz um trabalho de resgate da memória da atleta Irenice Maria
Rodrigues, que teve sua história apagada pela Ditadura Militar. A corredora foi
um ícone da luta antirracista nos esportes durante a década de 1960, uma das
lideranças de greve contra o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) em 1967, era
crítica radical da estrutura esportiva brasileira, recordista continental em
competição proibida para mulheres no Brasil militar.
Na sequência foi exibido o documentário “O
nó da cana também dá garapa”, de 2017 e dirigido por Marco Escrivão. Com
duração de 22 minutos, o filme percorre, através dos causos e prosas de Helvio
Tamoio, a história da Usina Tamoio no interior do Estado de São Paulo. A
produção levanta uma crítica ao desenvolvimentismo desenfreado da monocultura
canavieira, que culmina com trabalhadores expulsos de sua terra natal.
Por fim o professor Hélvio abriu uma
roda de conversa com a plateia, trazendo debates sobre a importância do
cinema-educação e produções independentes de baixo orçamento. Ele contou sua trajetória
de produção documentarista no Brasil, suas dificuldades e suas conquistas na
manutenção do projeto, e convidou a todos a incentivarem e valorizarem as
produções audiovisual e artística independentes na nossa região, citando o Teatro
Popular de Ilhéus como um exemplo de grupo a ser apoiado e agradecendo a
parceria ali estabelecida.
As viagens e o sustento básico do “Cineclube
na Estrada” são bancadas com passagens de chapéus nas rodas e apoios
espontâneos de amigos confiantes no projeto, e ao final do bate-papo Hélvio
recebeu a contribuição consciente dos presentes.
O Teatro Popular de Ilhéus é uma instituição cultural mantida pelo programa de Ações Continuadas de Instituições Culturais – uma iniciativa da Secretaria de Cultura da Bahia com recursos do Fundo de Cultura do Estado da Bahia, mecanismo que custeia, total ou parcialmente, projetos estritamente culturais de iniciativa de pessoas físicas ou jurídicas de direito público ou privado. Os projetos financiados pelo Fundo de Cultura são, preferencialmente, aqueles que apesar da importância do seu significado, sejam de baixo apelo mercadológico, o que dificulta a obtenção de patrocínio junto à iniciativa privada.
O Teatro Popular de Ilhéus é uma instituição cultural mantida pelo programa de Ações Continuadas de Instituições Culturais – uma iniciativa da Secretaria de Cultura da Bahia com recursos do Fundo de Cultura do Estado da Bahia, mecanismo que custeia, total ou parcialmente, projetos estritamente culturais de iniciativa de pessoas físicas ou jurídicas de direito público ou privado. Os projetos financiados pelo Fundo de Cultura são, preferencialmente, aqueles que apesar da importância do seu significado, sejam de baixo apelo mercadológico, o que dificulta a obtenção de patrocínio junto à iniciativa privada.
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