O Teatro Popular de Ilhéus
disponibiliza a programação do mês de abril no site e demais redes sociais do
grupo. A primeira semana é marcada pelo início de quatro oficinas na Tenda TPI,
sendo três de Teatro e uma de Palhaçaria.
Com vagas limitadas, as oficinas de
teatro iniciaram nesta terça-feira (03/04). A turma 1, para crianças de 07 a 11
anos, acontece das 15h às 16h30. A turma 2, para jovens de 12 a 17 anos, começa
às 17h e vai até 18h30. A turma 3, destinada aos adultos, inicia às 19h e vai
até as 22h. As aulas dos cursos de teatro acontecem sempre às terças e quintas
até o dia 22 de junho. As três turmas ainda possuem vagas para quem quiser se
inscrever.
No domingo, dia 08/04, tem oficina
de palhaça para mulheres, às 15h. Ministrada pela palhaça e arte
educadora Driely Alves, a oficina “E a palhaça o que é?" convida o público
feminino a descobrir e aflorar sua comicidade criativa por meio de jogos
cômicos e de dinâmicas físicas e energéticas. A sua concepção parte do
princípio de que a melhor forma de gerar conhecimento é a partir da ação
criativa, a exploração e a experimentação.
Dia
14/04, sábado, tem apresentação às 20h do espetáculo “Carranca”, da Cia de
Teatro Mistura (de Ibotirama-BA). A montagem fala sobre a história das Carrancas, escultura de madeira que ficavam
nas proas dos barcos para espantar os maus espíritos, afugentar mal olhado e
proteger os barqueiros. Zé das Carrancas, figura pitoresca e engraçada, é o
interlocutor desta peça que, cantando e declamando seus versos e rimas, traz em
seu corpo e alma a magia da escultura da CARRANCA (com todos os seus
significados e história).
O
mês de abril também marca a volta do “Improviso Oxente”. No ano em que a
Declaração Universal dos Direitos Humanos completa 70 anos, o Teatro Popular de
Ilhéus e a Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), através de sua Assessoria de Relações Internacionais, promovem debates sobre Direitos
Humanos e diversidade. No dia 17/04 (terça-feira), às 19h, “Guerra e Paz – conflitos que ampliam a desigualdade” é o tema mediado por Rafael
Guimarães (UFSB). Com a participação de Andrea Liliana Ortiz Gonzalez (Universidad Sergio Arboleda / Colômbia), falando sobre “Conflito
armado e processo de paz na Colômbia”, e Janira França, militante da educação e movimento de
mulheres negras do campo, falando sobre “O papel da mulher na luta pela
terra”.
No dia 24/04 (terça-feira), também às 19h, o “Improviso Oxente”
continua com o tema Direitos Humanos através da mediação de Cleber Braga (Universidade
Federal do Amapá – UFAM) sobre o tópico “As lutas dos povos
ancestrais”. Maya Aguiluz Ibargüem (Universidad Nacional Autonoma de Mexico) aborda sobre o “Conselho
indígena de Governo e a vocera Marichuy: ganhos políticos”. Casé Angatu
Xukuru (UESC) e Katu Tupinambá (Diretor da Escola Estadual Indigena
Tupinambá de Abaeté / Brasil) serão os responsáveis pelo assunto “A luta
pela demarcação das terras em Olivença”.

No dia 20/04 (sexta-feira), às 17h, a Defensoria Pública do Estado da
Bahia, em parceria com o Teatro Popular de Ilhéus, realizará a terceira edição do
projeto “Júri Simulado: releitura do Direito na História”, levando a julgamento
o ‘Índio Caboclo Marcelino’. O evento busca garantir os direitos de personagens
da história nacional que, à época, não puderam exercer com plenitude a garantia
do contraditório e da ampla defesa. Revisitar a história do Índio Caboclo Marcelino
é uma das formas de retomar e difundir a narrativa dos índios Tupinambás de
Olivença, a cultura e a memória regionais, além de promover os direitos
humanos.
No sábado (21/04) o TPI fará uma participação no projeto Ciranda Ilhéus
na Praça, na Cidade Nova, com a apresentação de “Cine Incidental e Conto & Cantigas”. A atividade inicia às 17h na Praça Antônio
Viana Dias da Silva, ao lado do Hospital de Ilhéus.
Nos dias 27, 28 e 29 de abril, fechando a programação do mês, tem a
“Caravana Três Marias”. Três espetáculos solos de Salvador vêm à Ilhéus, com
linguagens e estéticas bem diferentes, porém com os nomes de suas
personagens em comum: Maria. O projeto tem como objetivo promover meios de
sustentabilidade de espetáculos solos, estimulando o encontro e trocas de
experiências entre artistas e profissionais da cena, bem como questionar sua
posição nas atuais políticas e práticas culturais.
Na sexta-feira (27/03), às 20h, a atriz Simone Brault vive Dolores
Maria, uma travesti carismática e performática no “Solo Almodóvar”. Além das
discussões de gênero e sexualidade, a montagem inspirada no universo de Pedro
Almodóvar diverte e estabelece uma cumplicidade com o público. O espetáculo
mescla realidade e ficção com sarcasmo, humor, tragédia e melodrama entremeados
por músicas utilizadas nas películas.

Sábado (28/04) acontece
“Amanheceu”, às 20h, com Juliana Bebé. O espetáculo discorre sobre o dia a dia
de mais uma Maria, costureira, fã de música sertaneja que passa as madrugadas
trabalhando, para entregar suas encomendas tendo como companheiro um rádio.
Maria da Silva, leva sua vida tranquilamente, com leveza e humor, até que numa
noite insone acaba tomando conhecimento, através de seu rádio, de casos de
violência contra a mulher. O espetáculo traz à tona, de forma inusitada com
humor e reflexão, temáticas sobre a violência contra a mulher. Vale destacar
também o uso de extrema sutileza para transitar entre a comédia (gênero que
predomina no solo) e o drama. A música original é composta por Milton
Nascimento especialmente para o espetáculo.
Domingo (29/04), às 19h é a vez de Bruno de
Souza viver “Benedita”. O solo traz à
tona a preservação de Patrimônio Imaterial Cultural quando leva o público a
conhecer de perto Maria Benedita, uma simpática senhora genuinamente
brasileira, contadora de histórias, lavadeira-curandeira-bruxa-feiticeira, com
uma imponente relação com o misticismo e com o indizível. Ela perpassa o
curandeirismo e a espiritualidade, traços inerentes à cultura popular e brinda
o espectador com histórias de riso, amor, tragédia e solidão.
A Tenda TPI fica localizada na Av. Soares Lopes e é administrada pelo
Teatro Popular de Ilhéus, instituição cultural mantida pelo programa de Ações
Continuadas de Instituições Culturais – uma iniciativa da Secretaria de Cultura
da Bahia com recursos do Fundo de Cultura do Estado da Bahia.